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As Raparigas Esquecidas | Sara Blædel
May 27, 2018
Título: As Raparigas Esquecidas
Autor: Sara Blædel
Editora: Topseller
Ano de publicação: 2016
Páginas: 301
Onde comprar (portes grátis): Wook & BookDepository
Há uns meses li o livro mais recente da autora – A Mulher Desaparecida. Vi-o na FNAC, gostei da sinopse e decidi trazê-lo. Como adorei a leitura, acabei por comprar outro livro da autora (e até vos mostrei num book haul).
Para minha surpresa, ainda gostei mais deste livro! O livro captivou-me muito, logo desde o prólogo. Por falar nisso, a autora começa o livro forma bombástica, é impossível não ficarmos logo agarrados à leitura. Então, o que acontece no prólogo? Bem, temos a perspectiva de uma mulher que está a correr pela floresta, a fugir de um tal ‘Desaparecido’. Está ferida e, quando estava prestes a abrandar, “o chão cedeu, de súbito, sob os seus pés”. A leitura deste prólogo é deveras stressante, até sustive a respiração – e olhem que só tem página e meia.
A partir daqui, seguimos a inspectora Louise Rick, a quem foi entregue a investigação do caso. Passaram-se quatro dias e ainda não tem qualquer tipo de pista que lhe permita descobrir o que aconteceu à mulher que foi encontrada morta na floresta, e muito menos que lhe diga quem era essa mulher. Por isso, decide publicar uma foto da mulher, na esperança de que alguém a reconheça – nem que seja pelas queimaduras muito visíveis que tinha na cara. Há apenas uma pessoa que contacta o Departamento de Pessoas Desaparecidas – Agnete, que afirma ter conhecido a mulher quando trabalhava em Eliselund, uma instituição para doentes mentais. Agnete é uma personagem e testemunha de extrema importância, como podem imaginar.
O enredo é muito bom, extremamente bem pensado e, mais importante, bem executado. Tenho a dizer-vos que a minha edição tem 299 páginas, e só por volta da página 240 é que eu comecei a ter desconfianças sobre como seria resolvido o caso – e nem sequer estava certa! Se há coisa que eu adoro, são livros imprevisíveis, e este é mais um para juntar à lista.
Esta é uma história que desenterra muitos pesadelos do passado, carregada de emoções e revelações chocantes. Passa também pelos horrores que se cometiam em instituições deste género, asilos onde se encafuavam as pessoas problemáticas, doentes ou, simplesmente, diferentes. O próprio título acaba por reflectir precisamente isso – as crianças eram esquecidas.
Isto não é ficção. Ontem, na Feira do Livro, Sara Blædel contou aos leitores que costumava passear de cavalo pela floresta perto da sua casa, onde existia uma instituição destas. As crianças dessa instituição conviviam com a restante população, que carinhosamente os intitulava de ‘tolinhos’ ou ‘maluquinhos’. Segundo a autora, dizia-se aos pais das crianças com deficiência que as deixassem a cargo das instituições e que as esquecessem. Do género, ‘vão à vossa vidinha que nós tratamos deles’, mas depois sofriam horrores nos asilos.
A escrita da autora é simples e directa, não há muitos floreados. Também não anda ali a enrolar, como faz a dupla Lars Kepler, por exemplo. Acho que é assim que um policial deve ser escrito – directo, sem tirar o foco ao caso que está a ser resolvido. É por isso que os livros da autora têm metade do tamanho dos de Lars Kepler!
Sendo um policial, é óbvio que o foco deve estar sempre no caso, mas a autora incorpora alguns detalhes que, embora em pequena quantidade e de pouca relevância, enriquecem a narrativa. Algo como as preocupações que Louise tem enquanto mãe, ou o desconforto que paira quando se reencontra um ex-namorado, acabam por nos aproximar da personagem principal sem nos distrair da investigação. Esse é, sem dúvida, um ponto forte da autora, tal como os seus enredos.
Ainda que os livros da autora tratem assuntos importantes e sérios, existem bastantes momentos de humor que nos fazem soltar uma gargalhada. Isso é algo que aprecio muito em livros – como já devem ter percebido, considerando que menciono sempre o humor nas minhas opiniões 😀
É verdade que estou a ler os livros fora de ordem – e a editora também os tem publicado fora de ordem -, mas não me fez diferença nenhuma. Aliás, até foi giro ler anacronicamente, especialmente a parte da vida amorosa de Louise Rick. Foi quase como se a personagem estivesse a ter um flashback. Essa é a parte boa das séries policiais, normalmente não é necessário ler pela ordem correcta – ainda que seja aconselhável fazê-lo, claro.
Desta vez não vos trago citações – devorei o livro tão rápido que quase nem fiz marcações durante a leitura, sorry!
★★★★★ 5/5 estrelas
Já tive a oportunidade de ler a sinopse e é de facto interessante. Ao ler a tua review mais interessada fiquei. Como sempre reviews incríveis. Beijinhos <3
http://www.bycarolina.pt
Fiquei curiosa com o livro. Definitivamente tenho de ler mais.
Mas deixa que te diga: Tu tens fotografias maravilhosas!! Parabéns!! Bastante inspirador este blog!!
Beijinhos
http://www.beatrizcouto.com
Fiquei com vontade de ler!!! Que bela review!
ctigredesign.blogs.sapo.pt
Está na minha lista de livros que quero ler. Com este post, ainda fiquei com mais vontade. Gosto de histórias que nos agarrem logo desde o início.
Um beijinho
Não sei andar de bicicleta 🚲
Ainda bem que te deixei com vontade de o ler hehehe
Espero que gostes tanto quanto eu!
Beijinhos ♡
É isso que se quer! 😛
Muito obrigada,
Beijinhos ♡
O hábito da leitura é algo que aconselho toda a gente a adquirir! 🙂
Muito obrigada, fico tão contente por gostares ♡
Beijinhos Beatriz
É muito interessante mesmo, acho uma história super cativante!
Muito obrigada, ainda bem que gostas das reviews 😛
Beijinhos ♡