

📍 Suécia
Título: Lazarus
Autor: Lars Kepler
Editora: Porto Editora
Ano de publicação: 2019
Páginas: 527
Antes de mais nada, gostaria de agradecer à Porto Editora por ter fornecido uma cópia de Lazarus para resenhar no blog e no canal 💕
Lazarus é o sétimo livro na série Joona Linna, traduzida para dezenas de línguas e já há muito estabelecida como uma das mais vendidas internacionalmente. Li o primeiro volume desta série, O Hipnotista, na primavera do ano passado – um livro que, apesar dos seus defeitos, me viciou logo de início e acabou por abrir caminho a outros policiais nórdicos que foram entrando na minha vida. De forma semelhante, Lazarus oferece ao leitor um enredo intrigante que prende do início ao fim.
A História
No início da acção, seguimos dois agentes da polícia que se dirigem a um prédio no seguimento de uma denúncia. Os moradores queixam-se de um cheiro putrefacto que é proveniente de um dos apartamentos no 11º andar. Quando os agentes arrombam a porta, o que encontram no apartamento é algo que nunca irão esquecer: no chão, jaz um homem, assassinado; perto do cadáver, o conteúdo de uma arca frigorífica choca os agentes. Quando o nosso protagonista, Joona Linna, é chamado para ajudar no seguimento desta descoberta, repara em algo que o deixa em pânico – um padrão familiar.
Assim, ao intitular a sua obra recorrendo a uma referência bíblica, os autores sugerem que alguém que nós conhecemos anteriormente terá regressado dos mortos – mas como será esta ressurreição possível?
Às vezes, consigo apenas contar duas pessoas, outras todos os presentes numa sala… é como se visse um enorme quadrante com números romanos, e quando um ponteiro se mexe e indica o número um o meu olhar desloca-se para a pessoa na sala que vai morrer primeiro, é pura e simplesmente atraído para ali, não sei como é que isso acontece. Tiquetaque, o ponteiro desloca-se para o dois e eu olho para outra pessoa… Muitas vezes vejo o meu próprio rosto num espelho antes de perder o contacto.
Opinião
Como policial nórdico que é, Lazarus proporciona uma experiência de leitura cativante e envolta numa aura misteriosa e, por vezes, assustadora. Neste volume, existe um pouco de tudo: momentos calmos e de reflexão, momentos inquietantes e de suspense, momentos aterrorizantes e de pânico.
Apesar das suas imponentes 527 páginas, Lazarus não é uma leitura densa ou cansativa. Se assim o fosse, não teria sido suportável ler mais de metade deste livro numa só manhã de segunda-feira – tal era a ânsia de descobrir qual seria o desfecho deste caso! Devo, contudo, avisar que este é um livro explícito, tanto em termos sexuais, como no que toca à violência. Não é uma leitura indicada para qualquer pessoa, há momentos em que sentimos um nó no estômago.
Tal como mencionado na resenha d’O Hipnotista, practicamente o único defeito que encontro nos livros da dupla Lars Kepler é a exacerbada extensão das suas obras. Ambos os volumes que tive o prazer de ler foram absolutamente brilhantes. Porém, estou convencida de que, se lhes fossem cortadas cerca de cem páginas, a leitura tornar-se-ia mais rápida, ainda assim não prejudicando ou desvalorizando nenhuma das obras ou seus enredos.
Confesso algum arrependimento em relação ao grande salto que dei do primeiro para o sétimo livro. Não é algo que forneça muitos spoilers de acontecimentos anteriores, até porque a maioria dos policiais podem ser lidos independentemente, ainda que façam parte de alguma série. Porém, senti que tinha perdido imensos acontecimentos, tanto no que toca aos casos resolvidos pelas personagens da série, como em relação às suas vidas pessoais – especialmente a de Joona Linna. Foi como se o protagonista tivesse mudado completamente a sua vida – e na verdade mudou, eu é que não acompanhei o processo. Assim, recomendo que, se puderem, não saltem tantos livros como eu saltei.
Porém, não deixem que este pequeno aparte vos impeça de lerem Lazarus. Na verdade, em comparação com O Hipnotista, gostei mais deste volume, já que a história me prendeu de forma mais acentuada, e senti que teve bastante mais acção. Desta forma, deixo aqui a minha recomendação de um cativante nordic noir, repleto de crimes hediondos e personagens perturbadas.
4.5/5 estrelas
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Preciso mesmo de dar uma oportunidade a esta dupla, Lars Kepler. Ainda não li nenhum livro, mas a minha mãe é fã e diz que também vou adorar 🙂
Acho que fazes bem em experimentar, eu gosto bastante do trabalho deles. E, pela comparação entre o primeiro e o sétimo livro dos autores, parece-me que a série vai ficando melhor com o tempo 😁👍🏼 Espero que gostes se leres algum! 😘