

📍 Estados Unidos
Título: A Rapariga que Sobreviveu
Autor: Leslie Wolfe
Editora: Alma dos Livros
Ano de publicação: 2020
Páginas: 320
Páginas: 320
Olá, olá 🙋🏻♀️ Hoje vamos falar da minha primeira leitura do ano, terminada há coisa de 5 minutos!! 🥳🎉 Começo por agradecer à Alma dos Livros por me ter cedido este livro, foi uma óptima forma de começar o meu ano 👍🏼
Como já devem saber, gosto muito de ler thrillers/policiais, e quando vi que a Alma dos Livros ia lançar o segundo livro de Leslie Wolfe, fiquei entusiasmadíssima. Em 2019, li A Rapariga Sem Nome, o primeiro livro nesta série, e gostei muito, por isso era óbvio que queria continuar a ler os livros da autora – e não me arrependi!
A HISTÓRIA
Então, de que trata este policial? Quinze anos antes do começo da acção, alguém entrou na casa da família Watson, matando a tiro todos os presentes – adultos e crianças -, excepto uma das filhas da família. Essa menina, que se conseguiu esconder do atirador, ficou de tal forma traumatizada que todas as memórias relativas à fatídica noite do massacre foram suprimidas. Actualmente, Laura tem uma vida relativamente normal: é estudante de engenharia, vive com o seu namorado e o gato do casal, e o seu futuro passará por uma carreira na empresa que era do pai. Porém, continua sem se lembrar de nada do que aconteceu naquela noite. Um dia, Laura recebe uma carta de uma neurocientista que a convida para fazer parte de um estudo que incluirá sessões de terapia para tentar recuperar as memórias suprimidas.
Por seu lado, Tess, a nossa detective principal, está de regresso ao trabalho e é-lhe dada a missão de entrevistar um serial killer que se encontra na death row, isto é, aguarda a execução à qual foi condenado. Visto que se aproxima a data da execução, é altura de reexaminar o caso para ter a certeza de que não há azares, se é que me faço entender. O assassinato da família de Laura é atribuída a este assassino, mas Tess começa a desconfiar de que alguém se terá aproveitado dos crimes do Homem de Família (alcunha do serial killer) e copiado o seu modus operandi de modo a escapar ileso. Quando Laura aparece na TV com a neurocientista e ambas anunciam que irão avançar com a terapia, Tess não tem dúvidas de que, se o assassino estiver de facto em liberdade, tentará ao máximo calar Laura e evitar que recupere as memórias, correndo esta perigo de vida.
OPINIÃO
Neste curto livro, com pouco mais de 300 páginas, acontece tanta coisa que eu nem sabia bem como vos resumir o essencial do enredo. É uma história complexa, com um caso diabólico e, praticamente, impossível de resolver. Tanto, que partilhei nos stories que, a 50 páginas do fim, continuava completamente perdida e sem entender como é que iriam resolver este caso. É que não tinha ponta por onde se lhe pegar – deve ter sido o caso mais complicado que eu já acompanhei num policial. No bom sentido, claro!
Semelhante ao que vemos no primeiro livro da autora, existe uma exploração do profile do assassino. Inclusive, a autora inclui um capítulo final no qual explica porque escreveu o assassino desta forma, e explica o porquê de ele ser como é, com base em estudos psicológicos e/ou psiquiátricos. Essa é, sem dúvida, uma das partes mais interessantes do livro, já que eu sou fascinada pela mente dos criminosos. Assim, para além de Tess, a minha personagem favorita desta série é o profiler Bill MacKenzie, já que nos traz muita informação interessante e crucial acerca dos serial killers. Além desta análise profissional do perfil do assassino, temos também imensos capítulos narrados pelo próprio, por isso vemos o que ele pensa e faz, a forma como se safa e nunca é apanhado, as motivações dos crimes, etc. É extremamente interessante, mesmo. Esta leitura fez-me lembrar Mindhunter, uma série fantástica que também se foca muito no perfil dos criminosos e não só nos casos em si. É impressionante o que se consegue perceber acerca de alguém através da forma como mata. Claro que, dito assim, parece estranho, mas se lerem o livro vão entender o fascínio 😄
A única razão para não dar a nota máxima a esta leitura é o facto de, na minha opinião, existirem pontas soltas. Por exemplo, na noite do assassinato dos Watson foi também morto um menino, amigo das crianças, que lá tinha ido passar a noite – sim, é a definição de azar. Esse facto foi mencionado mas nunca mais tocaram no assunto, não sabemos como se sentem os pais do menino, como reagiram, nada. Achei estranho, pensei que acabaríamos por saber mais sobre esse lado da história. Porém, a verdade é que não era extremamente relevante para o caso que Tess estava a investigar, por isso vou apenas descer uns pontinhos na minha avaliação. Bastavam 20-30 páginas extra para não termos pontas soltas, não custava nada!
Apesar desta observação, a realidade é que a leitura dos livros da autora é sempre muito viciante e proveitosa, e eu li este livro em dois dias. Atrevo-me a dizer que, entre os dois livros, acabei por gostar mais de A Rapariga que Sobreviveu. Sinto que fiquei mais fascinada em relação ao assassino, e também ajudou o facto de os crimes neste livro serem muito menos aflitivos do que em A Rapariga Sem Nome, que incluía tortura (mas tortura a sério) de mulheres.
Posto isto, parece-me óbvio que recomendo esta fantástica novidade da Alma dos Livros. Quem gostar de casos difíceis, quer seja porque não se consegue identificar um suspeito ou por falta de provas que incriminem algum suspeito que exista, vai adorar este livro. É viciante de uma ponta à outra – e mais não digo!
Obrigada por visitarem o blog,
Até ao próximo post! ♡
Avaliação
Personagens - 100%
Ritmo - 95%
Enredo - 90%
Escrita - 100%
96%
Uma novidade que nos traz um crime frustrantemente difícil de resolver, com grande foco no perfil do assassino. Não se consegue parar de ler até à última página!