Quem me segue por aqui sabe que sou uma fã de Bullet Journal há vários anos. Apesar de ter muito conteúdo baseado neste conceito, apercebi-me de que nunca escrevi um artigo introdutório, que explicasse no que consiste um Bullet Journal, para que serve, etc. Por isso, o artigo de hoje vai ensinar-te tudo sobre Bullet Journal – o que é, para que serve, e como começar! É importante frisar que este artigo vai focar-se apenas nos básicos do sistema, e não na vertente estética e artística da comunidade de Bullet Journaling (por muito que eu adore essa vertente). O artigo de hoje foca-se numa vertente puramente organizacional, e é para ajudar quem precisa de um sistema que seja versátil e eficiente 😊

TUDO SOBRE BULLET JOURNAL: O QUE É, PARA QUE SERVE, E COMO COMEÇAR

O que é um Bullet Journal, e para que serve?

Bullet Journal é um sistema de organização criado por Ryder Carroll, que consiste, essencialmente, em construíres a tua própria agenda. Na verdade, não passa de um caderno preenchido por ti, mas é um caderno preenchido com base num sistema extremamente simples e conveniente. Desde criança que Ryder Carroll sofre de Défice de Atenção e, no processo de tentar lidar com esse problema da melhor forma, foi criando um sistema próprio que o mantinha focado e que, eventualmente, lhe permitiu tornar-se cada vez menos distraído, e cada vez mais produtivo. Esse sistema é, agora, o  tão aclamado Bullet Journal. Este sistema, afirma Carroll, permite registar o passado, organizar o presente, e planear o futuro – tudo num só caderno!

Como podes começar o teu Bullet Journal

Para começares o teu Bullet Journal, precisas apenas de um caderno e de uma caneta (ou lápis, se preferires). Assim que os tiveres à mão, vais escolher os teus símbolos. Deixo aqui os que eu uso no meu Bullet Journal:

(·) para tarefas
(o) para eventos
(-) para notas
(x) para tarefas concluídas
(/) para tarefas começadas (mas não concluídas)
(>) para tarefas migradas/adiadas
(!) para algo importante ou prioritário

Podes sempre fazer alterações e escolher outros símbolos que façam mais sentido para ti. Ao início parece confuso, mas acredita que passados alguns dias de uso já começa a ser automático! Agora que já escolheste os teus símbolos de eleição, podes criar as seguintes páginas (colecções):

• Índice
• Registo do Futuro
• Página Mensal (do mês actual)
• Página Diária

Por esta altura, é possível que estejas a pensar: “mas crio essas páginas, COMO!?”. Bem, existem milhentas formas, mas não há ninguém melhor que próprio o criador do método para te mostrar! Ora espreita este vídeo de Ryder Carroll:

Como vês, o sistema é simplicíssimo, e realmente só precisas mesmo de papel e uma caneta! Após teres todas estas páginas prontas, podes começar a adicionar as tuas colecções personalizadas. E o que são colecções personalizadas? Bem, uma colecção é qualquer registo de informação relacionada no teu sistema. Na verdade, as páginas que criaste há pouco também são colecções, mas como são o núcleo do sistema em si, normalmente os utilizadores de Bullet Journal não as denominam de colecções. Exemplos de colecções personalizadas são listas, apontamentos, planos, ou projectos – normalmente, com um tema específico. Por exemplo, uma lista de compras ou de filmes para veres, uma página de apontamentos que tiraste durante uma entrevista de emprego ou um seminário, ou até um esquema que te guia e ajuda a saber em que dias tens que tomar medicação. Uma que nunca falha no meu Bullet Journal é a lista dos aniversários – detesto esquecer-me do aniversário de alguém!

Com isto, o teu Bullet Journal está pronto a usar. A única coisa que precisas de fazer a partir de agora é escrever no teu dia-a-dia as coisas que te vêm à mente, as coisas que tens para fazer, e os eventos que vão acontecer. Podes registar estas pequenas coisas no teu registo diário, recorrendo aos símbolos que escolheste, ou então podes escolher criar uma colecção específica para aquilo que queres registar. Tu escolhes, o sistema é 100% teu e podes adaptá-lo constantemente às tuas necessidades 👌🏼

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